A atmosfera de descontração e informalidade, típica do ambiente praiano, se reflete diretamente em sua obra, marcada por cores vivas, curvas, texturas e uma constante busca pela beleza. Seu percurso artístico começou de forma modesta, copiando com carvão e com giz, fotos em preto e branco de revistas. Logo passou a usar tintas a óleo, aprendendo a técnica através de fascículos vendidos em bancas de jornal e utilizando recortes de Eucatex para os seus primeiros trabalhos. Em 1991 descobriu uma nova paixão: a escultura que aprendeu com o respeitado escultor Jaime Sampaio. Insatisfeita com suas pinturas anteriores, Heli buscou expressar o que não era visível e com a ajuda do artista Bernardii, desenvolveu uma linguagem artística própria. Foi, porém, a espiritualidade e as obras de Kandinski, Paul Klee e Mark Rothko que realmente ressoaram em Heli, revelando a possibilidade de representar o invisível e o espiritual. Os títulos começaram a fazer parte da sua poética e também surgiram poesias que ilustravam o propósito de seu trabalho.