Em diário de bordo,
"Suas fibras rompendo-se com um estalido surdo.
O fôlego escapa em suspiros rasgados, como se o ar fosse traição.
Há uma beleza na fraqueza exposta, nas pequenas resistências que se acumulam e auto consomem.
Quando o corpo não sustenta mais a vida, a rigidez cede lugar à leveza forçada, o tempo desacelera para testemunhar.
A carne exala um cheiro doce de quem guarda a alma.
Manter os ossos eretos quando tudo por dentro quer dobrar;
Penso se sou uma boa pessoa, todos os dias.
Arqueóloga dos meus próprios afetos, seguindo meu mapa silencioso.
Os cantinhos que ninguém conhece. Estou ali, ratificada."