“Vulva Sacra” é uma evocação visual e simbólica da sacralidade do corpo feminino, onde o tecido que envolve a figura central assume a forma de uma vulva, transformando-a em um ícone de reverência e celebração. A obra propõe uma leitura que transcende o físico e toca o espiritual, um rito de sacralização da feminilidade em sua essência mais pura e arrebatadora.

O véu translúcido, emoldurado como uma membrana simbólica, desenha a forma de uma vulva monumental, mas delicada, ao mesmo tempo protetora e reveladora. Esta escolha estética transforma o corpo feminino em um altar, onde a vulnerabilidade se torna sagrada e a intimidade se converte em força universal. O dourado discreto do tecido traz ecos de divindade, enquanto o fundo negro destaca a figura como o centro de um ritual de adoração à vida e à criação.

A posição ereta da figura, envolta em camadas de luz suave, sugere um momento de conexão entre o terreno e o transcendente. Aqui, a vulva não é apenas anatomia; ela é portal, símbolo de poder criativo, regeneração e mistério.

“Vulva Sacra” celebra a fusão entre o humano e o divino, questionando os limites entre o sagrado e o profano e convidando o espectador a contemplar o corpo como espaço de ressignificação, onde a feminilidade é honrada em sua plenitude.